Neste final de semana, assisti à série Dom, da Amazon. Ela relata a história verídica de um jovem da classe média carioca, Pedro, que se viciou em drogas bem cedo. Virou o líder de uma quadrilha que assaltava edifícios de luxo no Rio de Janeiro no início dos anos 2000 e morreu em 2005, aos 23 anos.
Em paralelo à história de Pedro Dom – como ficou conhecido – foram mostradas facetas da família, especialmente de seu pai Victor, que se dedicou ao combate às drogas na mesma cidade. Segundo o pai, “ao mesmo tempo em que ele trabalhou arduamente nesta guerra contra o tráfico para salvar os filhos dos outros, negligenciando seu casamento e a atenção aos filhos, viu seu próprio filho se transformar num viciado, chegando ao extremo para sustentar seu vício”.
Ao longo de nossas vidas, muitas vezes, somos obrigados a enfrentar muitas adversidades – separação, perdas, doenças, excesso de trabalho… Dependendo da intensidade dessas questões, o dia a dia pode ficar muito tenso, caótico, e ficamos incapazes de dar o devido suporte aos filhos. Mas crianças e adolescentes PRECISAM de cuidados.
Nesta hora, segundo Alexandre Coimbra Amaral, especialista em relações familiares, “se os pais estão muito desesperançosos, passando por algum problema, precisamos nesse momento transformar a maternagem e a paternagem em uma grande vila e chamar outras pessoas para ajudar a conter esse jovem e dar amor, abraço, afeto, levar para passear, para ver coisas belas. No momento em que a gente está intoxicado pela dureza do mundo, a beleza da vida é um grande remédio.”